Zero Hora/Saúde – 01/06/2013
Último balanço da Secretaria Estadual de Saúde aponta 32 infectados que desenvolveram a doença
O número de casos de gripe A no Rio Grande do Sul tem subido, mas de forma muito lenta e que não chega a alarmar as autoridades em saúde.
O último levantamento da Secretaria Estadual de Saúde aponta 32 infectados que desenvolveram a doença, o que representa seis novos casos em relação ao último boletim, da semana anterior. Naquela data, eram 26 os contaminados que apresentaram sintomas.
A evolução no número não chega a causar grande preocupação porque este ano 91% do público-alvo gaúcho se vacinou. Isso está bem acima da meta nacional, que era 80% de cobertura. Foram vacinados 2,7 milhões de gaúchos. No ano passado apenas 68% dos gaúchos visados receberam imunização.
Contribuiu para a maior cobertura contra o vírus o fato de o Rio Grande do Sul ter se antecipado na prevenção da doença. Foi recebido 1 milhão de doses de vacina a mais para serem aplicadas nos grupos de risco (idosos, diabéticos, crianças). E a vacinação de milhões ajuda a quebrar a cadeia de transmissão do vírus. Tanto que ainda não ocorreram mortes pela gripe A em 2013, no Estado. No ano passado foram 67 óbitos por esse tipo de doença no Rio Grande do Sul e 522 casos de transmissão da moléstia.
É claro que as autoridades continuam em alerta, até porque em outros Estados a situação é grave. Em São Paulo, por exemplo, já foram registradas 55 mortes pela doença.
A chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, médica Marilina Bercini, confirma que a situação não é preocupante no Rio Grande do Sul.
— Este ano os casos começaram a surgir mais cedo, em abril. Mas a evolução é lenta, temos mais gente vacinada e nenhuma morte. O prognóstico é bom, por enquanto — comenta.
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Resfriado e gripe são a mesma coisa?
Não. O resfriado geralmente é mais brando do que a gripe e pode durar de dois a quatro dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, mas a febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares e dor de cabeça. Assim como na gripe, o resfriado comum também pode apresentar complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente que está provocando a infecção.
Qual a diferença da gripe comum para a gripe A?
Em agosto de 2010, a Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou que o vírus H1N1, responsável pela gripe A, manteria em circulação, apresentando comportamento de vírus sazonal. A ocorrência de casos da doença é esperada. O monitoramento no Estado confirma a indicação da OMS: a circulação do vírus da Influenza A H1N1 não se caracteriza como uma situação atípica no cenário do inverno gaúcho, sendo mais um agente, entre vários, que causam doenças respiratórias agudas.
Existe só um tipo de vírus da gripe A?
Não. Além do H1N1, outro vírus influenza A que também está circulando pelo mundo é o H3N2. A vacina contra a gripe protege tanto contra o H1N1 como contra o H3N2, além de também oferecer proteção contra influenza B.
Fonte: Secretaria Estadual da Saúde